A APF, Associação dos Putos Fudidos, nasceu da união de alguns notáveis jovens: Leandro A.C Rodrigues, Marcelo Villani, Reginaldo S. Pauferro, Marcelo L. da Silva e Sandro Jannini, que organizaram e idealizaram todo o movimento.
Isso aconteceu no ano de 1992, numa época em que existiam várias turminhas como os Intocáveis e o Tuff Turf, que trocavam idéias, mas a APF além disso, tinha um objetivo: a conscientização de cada cidadão em relação ao seu papel embagaçado na sociedade.
Uma das coisas que marcaram o estilo da APF foi o fato de que cada um dos membros não podiam catar minas, e isso era diretriz fundamental no caso de admissão de novos associados.
A primeira sede da APF já dava a entender o espírito dos membros, pois era na calçada da casa de Marcelo Orelha (na época Presidente). Com tudo isso, a APF estava pronta a alastrar a podreira e a bagaceira por esse mundo.
Nos meses que se seguiram à fundação da APF, os membros iam evoluindo bastante na podrice bem como na expansão de sua arte a os meios de comunicação escritos. Leandro e Sandro se davam bem com o papel (Sandro escrevendo o famoso "Informativo APF" e sua genial coluna "Farinha no Ventilador", e Leandro desenhando as caricaturas dos fatos, das novelas e de qualquer coisa que a profunda imaginação deles mandassem).
A APF ficou conhecida no bairro e logo já era comentada na escola, onde surgiram as primeiras perguntas sobre o verdadeiro objetivo dessa patota de garotos escrotos; A APF no rol da fama.
Tudo isso não impediu que os membros criassem. Dessa vez foram as músicas da APF, estilo repetitivo de canções conhecidas. Os hits da época foram "Atravessei" e "Eu não sou Filha da Puta", seguido de "As Pedras". Logo mais eles inventariam os super-heróis podres: "Os Atolados Bufantes", em que cada membro seria uma personagem de quadrinhos e uma das melhores fases da APF, quando se originou a idéia dos "Maníacos do Cocô"; caras sinistros, vestidos de sobretudo, que quando não iam com a cara de alguém ou se alguém esnobava (inclusive garotas), eles atacavam deitando a pessoa e aí cagavam em sua boca. Realmente genial.
Tudo isso sem contar a criação das "Olimpíadas Podres", o jogo sensação dos flípers "Trist Fighter" e os diversos cursos de aperfeiçoamento em áreas de: Dorme-sujo, Imundiças e claro Podreira. As zoeiras diárias eram um caso à parte, sempre escrachando a cara de alguém que os cumprimentassem ou aquela imitação de uma velha doida da rua (quase sempre feita por Sandro). A APF original ficou marcada e dificilmente alguém vai esquecer daquele Leandro (boné da versatti e barba por fazer) ou daquele Marcelo (Cabelo de bíblia) ou daquele Reginaldo e Sandro (ratos de SESI) ou daquele Marcelinho (bravo, porque Leandro esqueceu de pô-lo nas historinhas). A dança da APF, imitada em festas. Grandes tempos!
A APF acabou no auge, na época em que Marcelinho se mudava para o Jabaquara, Marcelo e Reginaldo passavam a trabalhar com Leandro na Opção Letreiros e Sandro também assumia responsabilidades. Mas o novo conceito implantado pela APF não se acabaria tão fácil "...a APF, nem mesmo a força do tempo irá destruir..." e não destruiu.
Numa noite qualquer de 1995, Leandro começava a trocar idéias e conhecer os colegas de Marcelo: Celso G. Fernandes, Sidnei de O Novais e Douglas Pereira (Douglinhas), esse recém-chegado na vila. E depois apareceu Eduardo S. Tavares (Dudu), que começou a sair de casa naquela época. Alguns meses depois, descobriu-se que a conversa daqueles caras lembravam as conversas da antiga APF e Leandro e Marcelo resolveram criar a nova APF, com a presença ainda de Marcelinho, que mesmo longe, emitia suas vibrações podres pra galera.
Assim surgiu a 2.� APF, uma versão bem diferente da primeira, já que na antiga, os caras não tinham tantas responsabilidades e tantas preocupações como agora, mas mesmo assim, o espírito enquadrou-se muito bem com os novos membros e o sucesso foi inevitável.
A ideologia da APF se modificou também. As minas eram agora caminho livre, mesmo que alguns membros insistissem em não catá-las "Celso e o Disco Voador". Um pouco depois da formação da nova APF, foi criado por Sidnei, a marca registrada dessa fase: O Jornal Merda News, que também foi uma das primeiras idéias para a divulgação das merdas acontecidas na vila. Vem depois a idéia de torturar ratos, de Leandro, que recebeu o nome de T.R.AP.O: "Torturadores de Ratos Populares e Omicidas", mas que nunca saiu do papel. Foi também dada continuidade às musicas com o sucesso estrondoso "Chuck Norris", com o mesmo estilo repetitivo das melhores músicas que fizeram história. Esse sucesso se repetiria na música "O Sabonete qt Alisa embaixo do Chuveiro", imitação braba de Roberto Carlos.
Em meio a isso, surge o primeiro símbolo da APF, Dudu, a Lenda Viva, que representava toda a bagaceira da equipe, mas como ficou embaçando pra liberar os direitos sobre seu nome, Leandro criou o símbolo que viria a ser a síntese de tudo o que a APF desempenhava na sociedade: a merda brilhante.
Um ponto fraco foi a instabilidade do grupo, que viria a ter várias formações diferentes, principalmente com a volta de Reginaldo e depois de Sandro e logo mais de Wellington Z. Trevizanuto ("Zana") e Luís Carlos ("Cebola"). Quando a APF voltou, ela passou a ter sede na frente da granja da mãe de Celso, A "Granja Gallegos" (51, Velho Barreiro, Latarias, Frios), depois a granja mudou de nome e passou a se chamar "Trás dos Montes". Recentemente, com a mudança de Dudu, os membros tem freqüentado muito a frente da casa do Zana, que passou a ser como uma segunda sede.
A fase mais legal dessa APF foi logo quando Zana e Cebola ingressaram a associação. Nesse tempo, Zana estava ainda na escola e começou a ficar louco por causa de uma garota. Ele quebrava tudo, não queria saber da vida, e Cebola ficava com aquelas idéias de bater no baço das pessoas e chamar todos de "Sangue-bom". Dudu tomava conta da sorveteria e era alvo das zoeiras de Celso, Reginaldo e Zana. Teve aquela fase que Cebola arranjou o célebre emprego de "Operador de Documentos" e Zana conseguiu catar uma mina.
Na época das "prezas", a APF não decepcionou: fez a preza do Playcenter, duas vezes a preza do SESC e criou uma preza permanente: "A Preza do Salgado", em que cada membro faz uma solidariedade e tira a barriga da miséria. Nesse intervalo foram lançadas as carteirinhas da APF, que visava a identificação dos podres na rua. Uma vez mais ficaram conhecidos nas escolas e festas, onde davam vexames imensos.
A mais nova fase é a informatização da APF, que conta com um jornal feito por computador e a entrada à Internet.